domingo, 21 de março de 2010


General americano culpa soldados gays por massacre na Bósnia



Sáb, 20 de Março de 2010 08:46
Um importante general americano disse que gays enfraquecem forças militares e citou como exemplo uma tropa holandesa que não impediu um massacre durante a guerra da Bósnia.
Jorge PontualNova York, EUA - JORNAL DA GLOBO

O militar reformado que despertou a ira da Holanda é o general John Sheehan, dos fuzileiros navais. Ele foi ao Senado para combater a proposta do presidente Obama de aceitar homossexuais assumidos nas forças armadas e mexeu com o brio dos holandeses ao trazer de volta um episódio traumático. Em 1995, a força de paz da Holanda que defendia a cidade de Srebrenica, na Bósnia, se rendeu às forças da Sérvia, que massacraram mais de sete mil muçulmanos protegidos pelos holandeses. Segundo o general americano, isso aconteceu porque a inclusão de gays declarados tornou a força holandesa fraca e desmoralizada. As principais autoridades da Holanda reagiram com irritação. O Ministro da Defesa chamou as declarações de Sheehan de "desprezíveis e tolas", mas disse que não vai protestar oficialmente por se tratar da atitude de um maluco. Já o primeiro-ministro holandês afirmou que os comentários de Sheehan são errados e inaceitáveis e ofendem tanto os gays quanto os militares da Holanda. O general americano antigay parece estar em minoria. O Secretário de Defesa, Robert Gates, e o Chefe do Estado Maior Conjunto, Almirante Mike Mullen, apóiam a proposta de Obama. O presidente deu um ano para que o Pentágono e o Congresso discutam a mudança na lei. Pela política "don´t ask, don´t tell", soldados não podem assumir que são gays nem ser questionados sobre isso. Atualmente, qualquer militar que se declara homossexual é afastado.

Um comentário:

  1. Por isso não devemos banalizar nada, achando que a sociedade está pronta para entender a diversidade seja qual for a sua esfera. O preconceito vem acompanhado de violênca em todos os seus âmbitos.

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